Os que acreditam que brilhar sozinho é o caminho que me perdoem, mas apoio é fundamental.
Acho engraçado quando dizem que o único ombro útil é o da família que nascemos, que mulheres não devem confiar tanto assim em homens, e homens em mulheres. Devo ser muito careta ou realmente inocente, mas, acredito que devemos encarar nossos parceiros como família também - claro que o apoio deles é tão essencial quanto o de nossos pais e irmãos, intimidade tem que servir pra alguma coisa.Antes de qualquer coisa, peço desculpas. Ando meio desesperada para respirar qualquer coisa que não seja preta, e comecei a fazer algumas comparações que provavelmente só fazem sentido na minha cabeça, mas, vai que alguém entende: os céticos (ou decepcionados demais) tendem a viver na mania de querer ser sol – ficam parados, desejando que o resto do planeta funcione em torno – e ainda reclamam de cansaço e vão para cama cedo, sozinhos. Outros (provavelmente também decepcionados, mas possuidores de muita fé em qualquer coisa), que admiram a vida, são semelhantes à chuva - se deixam cair, em um ciclo quase vicioso de voltar ao topo e se preparar para cair de novo se necessário - romântico isso, e bem cafona, mas normalmente são pessoas que entendem o significado de cumplicidade.
Estava pensando (pra variar) e nunca vi pessoas que só querem ser sol irem muito longe sem passar por cima da própria felicidade. Os com mania de chuva, sim, vi crescer sem faltar amor. Que signifique um caminho mais longo e trabalhoso - afinal, convivência não é brinquedo - mas simplesmente entendem que chegar ao ponto final não vale a pena sem antes regar (tipo plantinha mesmo, coisa brega!), um pequeno mundo particular que seja, com bastante confiança e força para seguir buscando tudo que é de desejo.
Não que esteja desprezando os de sol, mas se entendessem que união significa também equilíbrio, provavelmente viveriam em um lugar menos seco, mais divertido. Dá pra ser um pouco sol, um pouco chuva, e um pouco dos dois.
Que a vida nos seja sol com chuva.
Parabens amiga Isabela Daguer*
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