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terça-feira, 16 de novembro de 2010

OSTEOGENESIS IMPERFECTA-PARTE 3...


As várias formas de Osteogenesis Imperfecta
Durante cerca de cem anos discutiu-se se a forma grave e congênita (dita "de Vrolik", nome do anatomista holandês que a descreveu, em 1849) e a forma leve ou tardia (dita "de Lobstein", anatomopatologista e ginecologista de Strasburgo que a descreveu, em 1833) eram ou não a mesma disfunção. Em 1906 Looser havia demonstrado que o quadro microscópico das duas formas era praticamente o mesmo; entretanto, nos últimos anos, as pesquisas bioquímicas e genéticas revelaram um numero tal de variantes que a teoria unicista não podia mais sequer ser proposta.
Sob o nome genérico de Osteogenesis Imperfecta se coloca, portanto, uma série de formas com características clínicas, hereditariedade, evoluções e conotações bioquímicas diferentes, nas quais o denominador comum é constituído pela impossibilidade dos osteoblastos produzirem osso estruturalmente e quantitativamente normal. É natural, portanto, que em tal confusão se tenha procurado colocar ordem, separando-se formas homogêneas por características clínicas, bioquímicas e genéticas. Trata-se de um objetivo que requer um forte empenho por parte dos clínicos e dos pesquisadores: é este o setor em que as Associações para a Osteogenesis Imperfecta podem prestar os máximos serviços para o conhecimento da doença, colocando à disposição os dados necessários para uma mais aprofundada consciência dos pacientes e promovendo a colaboração interdisciplinar.

Um primeiro passo para uma classificação da Osteogenesis Imperfecta, baseada nos modernos critérios clínicos, genéticos e bioquímicos foi compilada nos últimos anos e já tem trazido seus frutos. Foram categorizadas, de fato, algumas formas presumivelmente homogêneas, ao menos para os critérios até agora propostos. (Clique no ícone abaixo para conhecer a classificação, mas considere que ela é apenas uma referência e não constitui um fato para todas as pessoas com O.I., cuja variabilidade em termos de manifestações e sintomas da doença é imensa.- Nota da tradutora)



Hereditariedade
As possibilidades de os genitores terem um filho afetado por O.I e terem um segundo filho atingido pela mesma doença é, para as formas dominantes, de 50% de risco. Para as formas recessivas o risco é de 25%. E para as formas esporádicas, sem precedentes familiares, o risco é muito modesto (2 a 5%).



Nascimento
Por mais que seja útil um diagnóstico prenatal, apenas se conseguem dados que podem deixar margem para uma dupla interpretação. É certo que apenas as formas mais graves de O.I., as do tipo II e III, que apresentam graves deformidades e fraturas já no útero, se prestam à diagnose prenatal, que é seguida pelo exame radiográfico e ecográfico.
Tendo em conta, porém, que os casos de tipo III são esporádicos, deriva que a indagação é justificada sobretudo para as formas do tipo II. É óbvio que cada conselho genético pressupõe uma perfeita diagnose, para a qual a colaboração entre o geneticista e o clínico se faz necessária.




Frequência
A incidência de Osteogenesis Imperfecta nas populações mundiais é variável de 1/21.000 a 1/50.000 nascidos. [Estes dados têm sido contestados por algumas Associações, uma vez que a disfunção é muito pouco conhecida e muitos casos de O.I. só são diagnosticados após alguns anos de história de fraturas e doenças. Apenas crianças que morrem ainda no útero de suas mães ou no processo do parto devido à presença de O.I. e as que manifestam os sintomas logo nos primeiros tempos de vida estariam nestas estatísticas, argumenta-se - Nota da tradutora].

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